quinta-feira, 17 de junho de 2010

Reportagem retirada do Jornal do Comércio

Piccoli quer banda larga em todas as escolas estaduais
Os desafios e as oportunidades do País foram discutidos na Capital


Encontrar uma fórmula para levar de forma efetiva as ferramentas da Tecnologia da Informação (TI) para a educação brasileira não é uma tarefa fácil. O tema é árido, principalmente, porque envolve reflexões sobre a responsabilidade de cada agente, desde o poder público, passando pelos gestores das escolas, professores e alunos.
O Seminário de TI na Educação, que aconteceu ontem em Porto Alegre, trouxe especialistas de empresas, Organizações Não Governamentais (ONGs) e entidades de classe para debaterem os desafios e as oportunidades que o Brasil enfrenta nessa área. Instigados a apresentar alternativas para que educação digital vire uma aliada na educação, especialistas como o consultor educacional da Fundação Bradesco, Marcos Teles, destacaram as experiências de outros países e as ações que estão sendo desenvolvidas nacionalmente. Para ele, um exemplo bem sucedido é o da Coréia do Sul. "Lá existe uma política nacional e eles mantêm o professor no centro do processo", diz, destacando que estes profissionais devem ser auxiliados a descobrir como a tecnologia pode ajudá-lo a melhorar a educação.
Promovido pela Companhia de Processamento de Dados do Rio Grande do Sul (Procergs), o evento teve como um das atrações a coordenadora de Educação e Tecnologia do Instituto Ayrton Senna, Adriana Martinelli. Para ela, pequenas ações acabam sendo mais difíceis, porque "o problema é grande". Segundo Adriana, uma das questões básicas é a união de esforços entre terceiro setor, poder público e empresas. "Precisamos seguir os exemplos do que está dando certo. A educação é a bola da vez dos investimentos e estes recursos devem ser feitos de forma cuidadosa", sugere.
A coordenadora ressalta que, através das ferramentas digitais disponibilizadas hoje em dia, é possível atingir escala e agilidade nas ações. "Com tecnologia de ponta, aumentam as chances de alcançarmos resultados efetivos nos projetos", revela.
Uma avaliação feita com ferramentas do Instituto Ayrton Senna, em conjunto com o Censo Escola de 2006, mostra que na rede pública a taxa de aprovação dos alunos é de 75,4%. Já no caso dos alunos que participavam do programa do instituto, passou para 93,2%. "O programa afeta diretamente a aprovação. Aliás, essa é a premissa para todos os projetos nos quais estamos envolvidos", diz.
Adriana apresentou durante o evento alguns eventos praticados de educacão digital, como a produção de blogs próprios para cada professor interagir com seus alunos, em ações que acontecem foram do ambiente da sala de aula.
Além das ações de governo e das ferramentas tecnológicas, a diretora operacional do Comitê para Democratização (CDI) na internet, Cinthya Game, diz que os bons resultados dependem das atitudes das pessoas. "Um grupo pode fazer acontecer dentro da educação deve existir a integração", observa.
O presidente da Procergs, Ademir Piccoli, é um entusiasta do tema educação e destacou os avanços que o Rio Grande do Sul vem fazendo nessa área. Segundo ele, até o final do ano, a meta é ter banda larga em todas as escolas estaduais. Atualmente, em parceria com empresas como Microsoft e Cisco, a Procergs está capacitando jovens do Ensino Médio no uso da tecnologia, principalmente em hardware e redes. Durante o evento, foi anunciada a criação do Fundo para Bolsistas, projeto que destinará algumas bolsas para que jovens possam atuar como replicadores no interior do Estado. "Muitas vezes temos laboratórios que não são usados e termos jovens que foram capacitados e podem atuar como monitores de outros estudantes", explica.

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